A Escola Polivalente de
Aratu foi criada em 1976, por uma iniciativa do Pastor da Igreja Luterana do
Brasil, Professor Paulo Klaudat, que chegou ao recém criado município de Simões
Filho, antigo distrito de Água Cumprida, um visionário e idealista que via na
instalação do Centro Industrial de Aratu e seus núcleos residenciais CIA I e
CIA II a necessidade de se ter uma escola de qualidade que atendesse aos filhos
dos funcionários de grande escalão das indústrias.
Porém como em todo processo de industrialização ocorreu uma forte
migração para região de famílias que buscavam oportunidade de trabalho e devido
a falta de qualificação não eram aproveitados na indústria e acabaram buscando
subempregos o que não lhes garantia qualidade de vida nem moradia e assim
iniciou-se um processo de invasão e favelização de áreas do município e
principalmente no entorno da obra de construção da Escola Polivalente de Aratu,
fato esse que exigiu da diretoria da Igreja Luterana do Brasil uma mudança de
busca de publico para ser atendido na Unidade Escolar que deixou de ser pensada
como uma escola privada e se buscou associação com o Governo Estadual através
de um contrato de Cessão de Salas a ser uma Escola Publica, tendo sido
inaugurada em 06/08/1976.
Entre as particularidades que caracterizaram a Escola Polivalente
de Aratu está no seu gerenciamento que de forma contratual ficou estabelecido
por anos que os Gestores da Unidade Escolar seriam indicados e referendados
pela Igreja Lutera do Brasil. A era Prof Paulo Klaudat a escola era conhecida
pela sua fama de qualidade em educação e oferecimento de cursos
profissionalizantes dentro da estrutura escolar. Com a finalização dos cursos
profissionalizantes pelo Governo FHC, a Escola passa a ser uma escola de Ensino
Regular do Fundamental ao Médio, tendo como clientela principal moradores das
invasões Coroa da Lagoa, Baixa da Jaqueira e redondezas.
As atividades promovidas pela gestão Klaudat e o respeito
conquistado dos alunos e pais de alunos manteve-se até a solicitação de
aposentadoria da Professora Dagmar Klaudat em 2008, e a indicação da Professora
Maria Aparecida e do afastamento completo dos Klaudat's em 2009 com a
aposentadoria do Professor Paulo Klaudat.
Iniciasse neste momento uma gestão pautada nas regras do Governo
do Estado da Bahia e subordinada à Secretaria de Educação. Que foi vista por
parte dos professores como uma oportunidade de buscar reivindicações de cunho
pessoais por considerarem que com a desvinculação da Gestão a um processo
contratual se poderia ser realizadas pressões à gestão para que suas reivindicações
fossem atendidas. Com os conflitos gerados pela insatisfação de um grupo de
professores que envolveram alunos e pais de alunos a gestora Maria Aparecida
solicitou dispensa do cargo que que custou à Unidade Escolar um periodo de
abandono que denegriu a imagem da escola dentro e for a da Comunidade Escolar,
sendo caracterizada como a pior escola do município com um IDEB de 2,0.
A busca de uma nova gestão também não foi fácil e mesmo
contrariando o pequeno grupo de professores que se manifestaram contra a gestão
anterior assumiu a Gestão em 14/06/2010 a professora Alice Queiroz Oliveira que
encontrou uma escola extremamente sucateada com inúmeros problemas estruturais
e pedagógicos, um alto índice de violência e trafico de drogas.
O Conselho Escolar foi decisivo em ajudar a gestão a
solucionaralguns problemas pedagógicos como, por exemplo, estabelecer normas de
conduta a ser tomada com alunos e principalmente professores que insistiam em iniciar
o período de aulas do turno matutino apenas após as 8:00 o que já tinha se
tornado um habito visto que os professores mesmo tendo chegado à Unidade
Escolar não adentravam as salas de aula para cumprir com seu papel fato que
gerou um costume nos alunos de só chegarem na escola a partir das 8:00.
Foi constatado nesse período também que os alunos recebiam merenda
escolar de forma esporádica, duas ou três vezes na semana no maximo, mesmo
havendo recurso suficiente em conta e funcionárias para confecção do alimento.
A partir do processo colaborativo do Conselho Escolar foi estabelecido o cardápio
escolar e garantida a distribuição de merenda escolar para todos os alunos
matriculados na escola.
A falta de funcionários foi um problema que foi resolvido com a
atuação constante da diretora junto à SEC o que permitiu a contratação de mais
funcionários e a regularização funcional de funcionários que a anos ainda se
encontravam em regime de PST.
O trafico de drogas e a violência foi tratado com ações conjuntas
entre escola e comunidade muita conversa e a solicitação via Conselho Tutelar
da transferência de alunos que não conseguiram se ajustar as novas regras de
condutas, essas e outras ações permitiram o aumento ainda que não muito
significativo do IDEB da escola de 2,0 para 2,3, porem não diminuiu a evasão
escolar, que em sua maioria é resusltado dos problemas pedagogicos enfrentados
pela Unidade Escolar como a rotatividade de professores quebrando o processo
pedagogico e a propriaimcapacidade que fooi observado do Conselho Escolar eum a
ssumir seu papel Politico Pedagogico na escola.
O PPP da escola foi construído e discutido de forma participativa
e ampla, primeiro com reuniões com a equipe de docentes, reuniões com os
funcionários e alunos representantes de turmas, depois em uma Assembleia Geral
realizada em 25/09/2010 com a presença de pais, alunos, funcionários,
professores e gestão todos os pontos foram apresentados e discutidos e levados
a aprovação.